quinta-feira, 25 de março de 2010

Faringite das boas

Já parece ser de praxe eu deixar passar algum tempo até voltar a escrever aqui no blog. Mas de facto não tenho andado com grande cabeça para escrever. Hoje apeteceu-me, vá lá saber-se porquê. Ora bem, estive doente estes dias. Para variar, com faringite. Desta vez a malvada foi do tipo aguda, só mesmo para chatear uma pessoa. Começou com uma dorzinha de garganta, passou para uma dorzona, e a partir daí, foi ver a febre subir até aos 39 graus. Ás 00h30 arranquei para o hospital, mal conseguia estar de pé e nem abria os olhos, só me lembro de entrar nas urgências e dizer ao senhor do guichê, com uma voz cavernosa.."é urgente...". Depois aguardar um pouco nos deliciosos bancos de hospital entre tremuras de frio e ataques súbitos de calor e aguardar a minha vez. Finalmente me chamaram e lá vou eu como se estivesse a ver a luz ao fundo do túnel. Na triagem perguntaram-me:"então o que sente?"...lá desbobinei todos os sintomas de uma forma bem resumida e concreta, para não faltar nada. Colocaram-me o autocolante verde, e eu pensei.."bolas, então para que serve uma pessoa com 39 graus de febre, quase a desfalecer e dizer que é urgente, se depois levo com o autocolante verde..??".."F....-se!" - pensei. Mais um bocado no banquinho do corredor, eis que ao meu lado se senta um velhote com uma tosse horriiivel e eu pensei.."meu deus..e agora?". Claro que, como hipocondríaca que sou, comecei logo a sentir-me pior e a ficar com tosse também. Levantei-me e fui-me sentar na outra ponta do corredor. Finalmente um médico chama-me. Lá vou eu de novo. Explico todos os sintomas outra vez e dou pelo médico a olhar para mim e a pensar que sou mais uma chata de uma doente que nunca mais se cala. Disse:"abra a boca", e pega naquela coisa horrorosa de madeira que adoram enfiar pela goela abaixo, mas eu disse logo que não era preciso porque conseguia abrir a boca sem aquilo. Fez apenas um "Hum".., e começou a escrever no computador. Eu, como não gosto de ser tratada como se tivesse a 4ª classe, perguntei."então dr. é o quê?" "Faringite" - disse ele e continuou a escrever no computador. Tirou o papel da impressora, entregou-mo e estou despachada. Não contente com isso perguntei, "então nem me vai auscultar o peito nem nada?". Pergunta algo estúpida, hoje percebo, ele deve ter ficado a pensar que eu era alguma tarada, mas se eu me sentia tão mal e cheia de dores, pretendia somente ser bem atendida, não fosse dali surgir alguma bronquite asmática! "Não é preciso" - disse. Estúpido, pensei. Lá fui então para casa,cheia de febre.Tomei os medicamentos, e por 2 dias não saí de casa. Deitada na cama ou sentada no sofá, a ver tv (acho que vi todos os programas da sic e da tvi e tv cabo). É uma chatice estar doente..

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